Número de trabalhadores na indústria de construção cai 33% no RN entre 2010 e 2019

O número de pessoas ocupadas no Rio Grande do Norte caiu 33% entre 2010 e 2019. Em 2010, eram 36.518 trabalhadores. Em 2019, o número caiu para 24.306. Os dados são da Pesquisa Anual da Indústria da Construção (PAIC), divulgada nesta semana pelo IBGE, e dizem respeito a empresas com pelo menos cinco pessoas ocupadas.




Na região, Maranhão (- 53%), Pernambuco (- 51%), Sergipe (- 43%) e Alagoas (- 40%) tiveram uma queda mais acentuada do que a do estado potiguar na mão de obra.


Na composição do valor de obras e de pessoal ocupado na indústria da construção do Brasil, o RN participa com 1,4%, o que representa a 16º posição no ranking nacional.


O total de salários, retiradas e outras remunerações chegou a R $656.874.000 em 2019. Em relação a 2018, houve um crescimento de 11,5%.


Valor de obras do RN é o quarto maior em participação do Nordeste


O valor das incorporações, obras ou serviços de construção no Rio Grande do Norte chegou, em 2019, a 3,6 bilhões de reais. Este valor é muito abaixo do pico da série histórica, que foi de cerca de 5,1 bilhões em 2013. Com isso, o estado passou a participar com 7,8% do valor das incorporações, obras e serviços de construção do Nordeste, a quarta maior participação da região. Em 2010, a participação do RN era de 7,1%.





Além do Rio Grande do Norte, os estados da Bahia (saiu de 27,5% para 30,6%), Ceará (12,7% para 16%), Paraíba (4,4% para 6,3%) e Piauí (4,4% para 5,5%) ganharam em participação no valor de obras da região entre 2010 e 2019.


O Maranhão (9,6% para 8,4%) e Pernambuco (25,1% para 16,8%) perderam participação no valor de obras do Nordeste no período analisado, mas permanecem à frente do Rio Grande do Norte. Alagoas (5% para 4,9%) e Sergipe (4,2% para 3,7%) também perderam participação.


RN tem o menor crescimento no número de empresas atuantes no Nordeste


Em 2019, o Rio Grande do Norte tinha 794 empresas atuantes na área da construção civil com pelo menos cinco pessoas ocupadas. Na comparação com 2010, quando o estado tinha 767 empresas, houve um crescimento de apenas 4%.


No Nordeste, Ceará (69%), Piauí (48%), Paraíba (38%), Bahia (30%), Pernambuco (28%), Maranhão (6%) o número proporcional de empresas cresceu mais que no RN. Sergipe (- 5%) e Alagoas (- 8%) apresentaram queda no período analisado.


Sobre o número de empresas de construção originárias do Rio Grande do Norte, em 2019 eram 723 estabelecimentos, seguindo uma sequência anual de redução que se iniciou em 2015. Trata-se de uma tendência que acompanha o cenário nacional e do Nordeste.