O Ambulatório de Doença de Chagas da Faculdade de Ciências da Saúde (Facs) da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern) realizará um mutirão de exames para alguns dos pacientes acompanhados por sua equipe no Hospital da Mulher Parteira Maria Correia. O evento ocorrerá neste sábado, 27, a partir das 8h.
O mutirão visa realizar exames essenciais para a identificação das diferentes formas da doença de Chagas, como explicou o professor Cléber Mesquita, da Facs.
“Esses exames são necessários para identificar a real forma da doença de Chagas. A doença pode apresentar forma indeterminada, cardíaca ou cardiodigestiva, estando na fase crônica. Para você identificar se há acometimento do esôfago ou dos cólons, é necessário realizar exames contrastados dessas regiões, além da história clínica”, detalha o professor.
Mesquita ressalta a importância de uma série de exames para a correta estratificação da doença:
“Para identificar acometimento cardíaco, além da história clínica, é preciso do eletrocardiograma e da radiografia simples de tórax. Nós também realizamos o ecocardiograma para detectar alterações estruturais cardíacas. Todo paciente que precisa saber qual é a forma clínica da doença deve passar por história clínica, eletrocardiograma, radiografia simples de tórax, e exames contrastados de esôfago e cólon”.
Além desses exames, o professor destaca a necessidade de outras avaliações para estratificar o risco de morte e o risco de acidente vascular encefálico dos pacientes.
“Realizamos o ecocardiograma e o holter de 24 horas para identificar esses riscos. Portanto, há uma série de exames que precisam ser feitos para estratificar adequadamente os pacientes, e é isso que estamos buscando com esse mutirão”.
Até o momento, mais de 200 pacientes já foram atendidos pelo Ambulatório de Doença de Chagas (Adoc).