Rogério Marinho emplaca na LDO regra que impõe ao governo mais rigor fiscal em 2025

 


O senador Rogério Marinho (PL-RN), líder da oposição no Senado, emplacou uma emenda de sua autoria à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2025 que fortalece a responsabilidade fiscal. Sua proposta obriga o governo federal a buscar o centro da meta fiscal até outubro, sem recorrer ao uso da banda de tolerância, de 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB), antes do quinto bimestre. O texto, acolhido pelo relator da LDO, senador Confúcio Moura (MDB-RO), foi incorporado ao parecer final, que está previsto para ser votado nesta quarta-feira (18), em sessão conjunta do Congresso Nacional. 


De acordo com o senador, a emenda visa corrigir a prática recorrente do governo de flexibilizar a meta fiscal ao longo do ano, o que enfraquece a credibilidade do orçamento federal e eleva o endividamento público. "O estabelecimento de bandas enfraquece o conceito de persecução de meta do resultado primário, uma vez que o afasta da avaliação da curva da dívida pública", justifica a proposta. Segundo Rogério Marinho, permitir o uso indiscriminado da banda de tolerância pode aumentar a dívida pública em até 1% do PIB em quatro anos, o que representaria mais de R$ 100 bilhões.


O texto proposto pelo senador determina que o governo federal elabore relatórios bimestrais de avaliação de receitas e despesas, previstos na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), com base no centro da meta fiscal. A utilização do intervalo de tolerância será permitida apenas ao final do exercício financeiro, quando eventuais frustrações de receita ou despesas obrigatórias não puderem mais ser ajustadas.


Ao propor um mecanismo mais rigoroso de controle fiscal, Rogério Marinho reforça seu compromisso com o equilíbrio das contas públicas e com o combate ao endividamento excessivo. A emenda acolhida na LDO traz, portanto, maior previsibilidade ao cenário econômico, alinhando-se às melhores práticas internacionais recomendadas pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), conforme destacado pelo líder da oposição na justifica de sua proposta.