O evento itinerante, que percorre diversas cidades do interior, foi aprovado pela Conferência Potiguar do Clima (COP Potiguar), que já realizou duas edições em Natal no auditório da UFRN. As três primeiras ASCOPs aconteceram em Caicó (UFRN e Defensoria Pública), Mossoró (UERN) e São Gonçalo do Amarante(IFRN).
Agora, em sua quarta edição, a ASCOP chega ao município de Ipanguaçu, promovida por UFRN, IFRN, UFERSA, UERN, FEMURN e IBAMA, com o propósito de ampliar a escuta dos territórios e envolver a comunidade acadêmica, gestores públicos, o setor produtivo e a sociedade civil em um debate profundo e transformador.
“A IV ASCOP-RN é mais do que um evento; é um movimento de articulação entre Ciência, educação, cultura e território. É urgente reunirmos todos os atores sociais para enfrentarmos juntos os impactos das mudanças climáticas e avançarmos na meta de plantar 5 milhões de árvores para recuperar a Caatinga,” afirmou o Professor Robério Paulino, idealizador da Conferência Potiguar do Clima.
Logo na abertura da Assembleia, como atividade prática, será apresentado o projeto-exemplo do grande viveiro de mudas do IFRN de Ipanguaçu, uma iniciativa que contribui significativamente para a recuperação da vegetação da Caatinga e para ações de reflorestamento em todo o estado. “Realizaremos uma atividade prática no nosso viveiro de mudas aqui no instituto, que já vem apoiando ações de reflorestamento na região. É fundamental que essa conscientização sobre o clima e o meio ambiente se amplie rapidamente para outras cidades e alcance cada vez mais pessoas,” destacou o Professor José Geraldo, coordenador da IV ASCOP-RN.
A programação da IV ASCOP prevê uma mesa de abertura, uma mesa expositora e um debate com todos os participantes sobre o processo de desertificação no estado, com a presença de especialistas e representantes de instituições que atuam nas áreas de meio ambiente, desenvolvimento sustentável e educação ambiental.
Importância da Caatinga
A Caatinga é o único bioma exclusivamente brasileiro, cobrindo cerca de 850 mil km² , o equivalente a 10% do território nacional e se estende por nove estados do Nordeste. No Rio Grande do Norte, ocupa aproximadamente 95% da área total do estado, sendo essencial para a biodiversidade, o equilíbrio climático e a subsistência de populações rurais.
Apesar de sua relevância ecológica, a Caatinga é um dos biomas mais ameaçados do planeta. Estima-se que, desde a chegada dos europeus ao continente americano, 45% de sua vegetação original tenha sido desmatada no RN, e hoje, menos de 9% de sua extensão encontra-se protegida por unidades de conservação. Segundo estudos recentes, até 99% das espécies vegetais da Caatinga podem ser impactadas pelas mudanças climáticas até o fim do século, caso medidas urgentes não sejam adotadas.
A Caatinga abriga mais de 2 mil espécies de plantas, além de 350 espécies de aves, várias delas ameaçadas de extinção. É um ecossistema resiliente, com alta capacidade de conversão de carbono, mas extremamente vulnerável à desertificação, agravada por desmatamento, queimadas e práticas agrícolas insustentáveis.
Inscrições
As inscrições para a IV ASCOP são gratuitas e garantem certificação com carga horária de 5 horas, emitida pelo sistema SUAP.
📌 Data: 25 de junho de 2025
🕗 Horário: 8h às 12h30
📍 Local: IFRN – Campus Ipanguaçu
🔗 Inscreva-se aqui: https://suap.ifrn.edu.br/eventos/inscricao/1/7544/